Como grandes corporações podem acelerar o engajamento com startups?

Como grandes corporações podem acelerar o engajamento com startups?

No Startup Summit, um tema recorrente foi o desafio que grandes corporações enfrentam ao tentar estabelecer conexões produtivas com startups.

Embora as corporações invistam em programas de inovação aberta e se conectem com startups, muitas vezes não conseguem transformar essas iniciativas em Provas de Conceito (POCs) e avançar em caminhos verdadeiramente inovadores.

João Marinell, Diretor de Growth da Darwin Startups, identificou três barreiras principais que impedem o sucesso dessas iniciativas: a separação entre as áreas de inovação e negócios, a falta de visão de longo prazo e a ausência de governança nos programas de inovação aberta. Para que esses programas gerem resultados reais, essas barreiras precisam ser derrubadas.

Segundo João, o caminho para o sucesso começa com a compreensão do momento atual e futuro da corporação, seguida pela busca de startups que se alinhem com essas fases e o avanço através dos quatro estágios de maturidade.

 

4 passos para um programa de inovação aberta eficiente:

Posicionamento estratégico

O primeiro passo é posicionar a corporação no universo das startups. Transparência é fundamental para deixar claro o que a empresa busca. Além disso, é crucial considerar o valor oferecido à startup. Pergunte-se: O que a startup ganha? O programa é atraente para boas startups? Como está a qualidade do pitch reverso da corporação?

Cultura de inovação interna

Com um posicionamento claro, é essencial garantir que áreas, líderes e processos estejam alinhados e preparados para interagir com startups. Um processo de conexão mais ágil do que o cadastro corporativo formal, aliado à interação de líderes com startups por meio de vivências, mentorias e imersões, pode ser vantajoso. Além disso, uma governança de comunicação sólida é vital para que todos os envolvidos no programa compreendam os objetivos, métricas de sucesso e expectativas.

Geração de negócios

Os passos anteriores devem permitir a medição dos objetivos de curto, médio e longo prazo, com a possibilidade de ajustes quando necessário. A resiliência do programa é fundamental para permitir uma curva de aprendizado saudável, focando não apenas no volume, mas na qualidade do engajamento e nos resultados das POCs.

Investimento e Portfólio

No estágio final, a corporação desenvolve uma estratégia de engajamento que abrange tanto o presente quanto o futuro, identificando tendências que precisam ser aproximadas do presente e utilizando investimentos em startups para isso. Neste ponto, é crucial trabalhar com um portfólio estratégico, analisar os riscos dos investimentos e manter uma cadência de acompanhamento.

Quando executada corretamente, essa jornada pode transformar uma corporação em uma entidade empreendedora, que adota um posicionamento inovador, gera negócios estratégicos e aproxima o futuro do presente.

Independentemente do estágio de maturidade ou da velocidade da jornada, é essencial que toda corporação comece a construir essa trilha com passos firmes e decisões corajosas.

A inovação deve ser uma estratégia contínua; esperar até que ela se torne urgente pode significar perder o protagonismo no mercado.