Indicadores e Métricas: O Caminho da Inovação Estruturada no Hub Hotmilk

Indicadores e Métricas: O Caminho da Inovação Estruturada no Hub Hotmilk

Aline Scarpin, engenheira de produção com especialização em Lean Manufacturing e mais de 20 anos de experiência em áreas como PCP, engenharia de produto e gestão de processos, atualmente atua como Gerente do Portfólio de inovação. Sua trajetória sólida na indústria gráfica e sua paixão por problemas complexos são parte essencial da sua missão atual no ecossistema Hotmilk, o ecossistema de inovação da PUCPR. Neste ambiente vibrante e conectado, ela apoia grandes empresas no desenvolvimento estratégico da inovação, conectando múltiplos atores para transformar ideias em soluções com impacto real. 

 

O Hotmilk é reconhecido como um dos principais ecossistemas de inovação do Brasil, reunindo grandes empresas, startups, governo, fundos de investimento, pesquisadores e estudantes em uma rede que impulsiona a inovação colaborativa. Como braço de inovação da PUCPR — uma das três melhores universidades privadas do país — o Hotmilk conta com a infraestrutura da PUCPR, com mais de 200 laboratórios de pesquisa, 1.200 pesquisadores e mais de 50 mil estudantes ativos, o que confere uma base acadêmica robusta à sua atuação prática no mercado e com esse respaldo, o HOTMILK estrutura sua ação por meio de pilares como consultoria de inovação, pesquisa e desenvolvimento, capacitações corporativas com a Innovation Academy e uma aceleradora de startups com mentorias especializadas, sendo que estrutura permite atuar desde a ideação até a escalabilidade de negócios inovadores, o que torna o Hotmilk um ambiente ideal para fomentar ideias disruptivas com base científica e orientação estratégica. 

Aline reforça a importância da definição de métricas, KPIs e OKRs para mensurar a inovação de forma objetiva, pois as métricas respondem ao que está acontecendo, como tempo médio de atendimento ou número de produtos vendidos, já os KPIs indicam o progresso em relação a metas estratégicas, como ROI ou participação de mercado, enquanto os OKRs alinham metas ambiciosas com resultados mensuráveis, oferecendo clareza na direção estratégica da inovação. 

O roadmap da inovação apresentado contempla seis etapas fundamentais: análise de tendências emergentes, mapeamento de stakeholders e parcerias, fortalecimento da cultura inovadora, estruturação de um pipeline de projetos, otimização de processos e tecnologias, e por fim, a definição de métricas de desempenho, sendo que esse processo permite gerenciar a inovação com clareza, equilibrando iniciativas de curto (H1), médio (H2) e longo prazo (H3), em uma matriz que garante visão sistêmica e alinhamento com a estratégia organizacional. 

Entre os principais indicadores de inovação estão: tempo de lançamento no mercado, ROI, número de patentes, nível de satisfação do cliente, participação de mercado e menções em publicações especializadas, das quais também são consideradas métricas menos óbvias, como diversidade das ideias geradas, impacto ambiental das inovações e mudanças culturais observadas ao longo do tempo, pois o objetivo é mensurar não apenas o sucesso comercial, mas o valor social, ambiental e estratégico das inovações. 

Aline destaca ainda a importância de traduzir objetivos estratégicos em indicadores mensuráveis e de manter dashboards vivos, que evoluam com os projetos, pois cada métrica deve refletir um desafio concreto da empresa e estar atrelada a ações corretivas e estratégicas, afinal, indicadores mal definidos podem induzir comportamentos desalinhados aos objetivos do negócio. 

Por fim, com base na experiência do Hotmilk, fica claro que inovar não é apenas criar algo, mas sim criar valor e para isso, é preciso medir, monitorar e adaptar constantemente. Inovação bem-sucedida exige método, propósito e conexão — e o Hotmilk é a ponte entre esses elementos.