Muito além dos softwares, o resultado está nos negócios digitais
Confira a entrevista com o especialista Paulo Milan, MBA pela FGV, formado em TI e especializado pela Universidade Federal Fluminense, com mais de 20 anos de atuação profissional na área de tecnologia. Paulo é fundador e CEO da empresa Tech Seller NCI Innova.
Negócios digitais como cultura e estratégia.
Paulo Milan foi desenvolvedor de softwares por muito tempo e em 2006 fundou a NCI, na época chamada NCI Saúde, com soluções voltadas ao mercado health. Na época, começou a onda de startups nos Estados Unidos, e ele começou a se envolver com o tema por volta de 2011. O grande entendimento desse novo momento foi que muito além do software, um negócio digital pauta-se numa estratégia de negócios.
É essencial entender, nesse contexto, que o trabalho se pauta em inovação e, por consequência, em incertezas. O objetivo é desenvolver clientes, desenvolver mercados, mais do que programar uma lista de especificações técnicas de um programa de computador.
Com esse repertório prático há mais de 10 anos, Paulo traz para essa pauta um resumo do que vem aprendendo com acertos e erros. A NCI Saúde teve um exit em uma Joint Venture e fundou-se a NCI Innova como uma empresa dedicada a oferecer produtos digitais a seus clientes.
O desenvolvimento de softwares está contido no desenvolvimento de um produto digital e numa estratégia de negócio digital mas é apenas um dos pontos. Nesse caso, é um processo interativo que demanda entendimento da necessidade do cliente, prototipagem, validação e replanejamento contínuo. Esse modelo mental de aprendizagem e evolução contínua é a essência do sucesso para a construção de negócios digitais que atendam às reais necessidades dos clientes.
Exemplos de evoluções de negócios para o digital
Um exemplo clássico no mercado brasileiro é a evolução da Magalu, das tradicionais lojas de rua do Magazine Luiza para todo o ecossistema digital hoje presente. Outras aplicações em negócios tradicionais que evoluem para o digital estão em exemplos da área logística, em que mais do que o frete ou o transporte em si pode-se oferecer aos clientes sistemas de gestão de rotas, gestão de segurança, otimização de custos.
As startups ou negócios nativos digitais são aqueles que já nascem com todo seu plano de negócios e racional de serviços pensado para o ambiente online. Um exemplo trazido por Paulo é uma startup de games que atendeu, que aplica NFTs em sua dinâmica. Num primeiro momento de negócios como esse, o foco está em montar um MVP e, ao longo do ciclo de vida da empresa o foco evolui para funcionalidades que fortaleçam elementos de atração de clientes e growth.
Principais desafios em projetos voltados a negócios digitais
Na experiência de Paulo Milan, os desafios variam quando aplicados a negócios tradicionais ou negócios nativos digitais.
Empresas tradicionais = desafio de mindset
A grande virada de chave em projetos de negócios digitais em corporações tradicionais está no modelo mental, na capacidade de lidar com incertezas e com a forma interativa de desenvolvimento da inovação, aprendendo-se ao longo do caminho.
A tendência é que se deseje começar com projetos de escopo fechado, com pouca margem para flexibilidade e ajustes ao longo das interações. Essa dinâmica não funciona bem para o desenvolvimento ágil.
Empresas nativas digitais = desafio de aceitar o mínimo e mudar foco
Em startups ou empresas que já iniciam seus negócios digitalmente o mindset já é adaptado à flexibilidade e adaptação de rotas. Porém, nesses cenários ainda há desafios relacionados a aceitar mudar o foco do produto para o mercado, existe uma tendência em buscar a entrega ótima antes de testar o mínimo.
Há também a necessidade de entender quando é melhor mudar o foco de funcionalidades técnicas para funcionalidades de crescimento de base de clientes, ou mesmo quando é necessário pivotar o modelo de negócios.
Desenvolvimento de projetos de negócios digitais em ambiente remoto
Paulo comenta que atende a clientes de diferentes lugares do mundo. Nem por isso, o relacionamento é distante, ao contrário. Os processos modernos de desenvolvimento de negócios e produtos digitais são pautados nas metodologias ágeis e com isso requerem diversos momentos de interação entre o time.
São reuniões de time interno e reuniões com clientes em uma cadência planejada para definição de requisitos e mensuração de entregas de cada sprint semanal, além de calls online de alinhamento diário para acompanhamento e alinhamento.
Esse fluxo contínuo permite ajustes de rota e sustentação de um alinhamento fluido entre todos os envolvidos, independente da geografia onde as pessoas se encontram.
Diferenciais da NCI Innova como Tech Seller de Desenvolvimento de Soluções Digitais
A NCI Innova conta com um time de especialistas hábeis em entender de produtos digitais além de serem puros desenvolvedores. São capazes de participar ativamente de sessões de descoberta de produtos com o público alvo da solução e questionar as escolhas de funcionalidades e caminhos técnicos. Esse DNA apóia muito seus clientes a desenvolverem seus produtos com foco no valor gerado ao negócio.
Se posicionam como Digital Crafters, ou artesãos da era digital, que gostam de desenvolver soluções com qualidade, com arquitetura escalável, com linguagens de programação fáceis de serem mantidas. Também atuam com entregas sempre compostas com processos de testes integrados, minimizando problemas não rastreáveis por bugs que se identifiquem no futuro.
O match ideal para a empresa são Tech Buyers que têm demandas que requerem alocação de um time e que precisam digitalizar seus negócios, incorporando práticas de aprendizagem para migrar seu posicionamento para um novo patamar digital. Também são aderentes à NCI Innova os Tech Buyers que buscam ajuda para revisar um produto digital previamente desenvolvido mas que não está dando certo, que precisa de um diagnóstico de pontos de melhoria necessárias para poder arrumar a casa e seguir evoluindo contando com um parceiro de confiança. Além desses cenários, são muito efetivos em ajudar startups em fase de Scale Up que buscam ampliar seus squads com alocação de profissionais especializados e com cultura ágil para atuarem nos processos que a startup já possui para seu time de desenvolvimento.
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Confira a entrevista completa com Paulo Milan no vídeo:
