Transformando a Educação: Case de Sucesso da FIAP
Guilherme possui uma sólida formação acadêmica, com estudos em instituições de prestígio como Stanford University, Harvard University, Babson College e Hyper Island. Especialista em inovação e transformação digital, com ampla experiência em liderar iniciativas estratégicas em empresas de destaque. Atualmente, como Diretor de Inovação na Alura Para Empresas, ele desenvolve soluções B2B que promovem ecossistemas de aprendizado corporativo ágeis. Sua trajetória inclui cargos de liderança na FIAP, onde é responsável por programas de MBA focados em inovação disruptiva, além de sua atuação como sócio na Inventta, pioneira em inovação no Brasil.
O setor educacional, especialmente quando voltado à tecnologia, enfrenta desafios únicos. A palestra realizada por Guilherme Pereira, diretor na FIAP Empresas, uma das maiores instituições de ensino tecnológico no Brasil, trouxe à tona aspectos cruciais sobre o papel estratégico da educação no mundo corporativo e como ela está intrinsecamente ligada à inovação.
Segundo Guilherme, a educação é uma ferramenta fundamental para a execução de estratégias empresariais, uma vez que a transformação organizacional, frequentemente impulsionada pela inovação, exige o desenvolvimento de novas competências, pois sem a aquisição contínua de novas habilidades, qualquer processo de inovação se torna estagnado.
Em um mercado cada vez mais dinâmico, a habilidade de aprender e aplicar novas competências de forma rápida pode ser o fator diferencial para a competitividade de uma empresa. Além disso, no ambiente corporativo, o sucesso de uma estratégia muitas vezes depende da capacidade de inovar e da agilidade em absorver novas tecnologias e processos, logo, a educação, nesse sentido, atua não apenas como uma forma de preparar as pessoas para os desafios atuais, mas como um caminho para preparar as organizações para o futuro.
A União de FIAP e Alura: O Maior Ecossistema de Ensino Tecnológico
Em um movimento ousado, FIAP e Alura se uniram, criando o maior ecossistema de ensino de tecnologia no Brasil que tem permitido uma expansão tanto nacional quanto internacional, destacando-se pela oferta de cursos de graduação, pós-graduação e conteúdos especializados para o mercado corporativo, visando fornecer uma educação mais ágil e adaptável, um aspecto essencial considerando a rápida obsolescência das competências técnicas.
Um dado interessante sobre a “meia-vida” dessas competências é que hoje, em muitos setores, especialmente na área de tecnologia, uma competência técnica tem uma validade de apenas 2,5 anos, enquanto um curso superior dura em média quatro, criando uma urgência para que as instituições educacionais ofereçam métodos mais dinâmicos e ágeis de aprendizado.
A Transformação Cognitiva e a Inteligência Artificial
Mais do que uma simples revolução tecnológica, o conceito de Transformação Cognitiva engloba a transformação de comportamentos e competências necessárias para lidar com as novas demandas do mercado. Além de novas tecnologias, como a Inteligência Artificial (IA), as instituições precisam se adaptar à maneira como os alunos e colaboradores aprendem, exatamente o que a FIAP e a Alura têm feito com o uso da IA em seus programas educacionais.
Um exemplo prático foi a criação da Luri, uma assistente virtual que adapta os conteúdos educacionais à realidade de cada aluno, adaptações dos conceitos ensinados para seus contextos específicos de trabalho, como o caso de uma funcionária de um banco que, enfrentando problemas técnicos, pediu ajuda à Luri, que a orientou a resolver a situação em tempo real.
O Desafio da Inovação e a Inflexão Tecnológica
Um comparativo interessante sobre a revolução trazida pela IA com momentos anteriores de grandes mudanças tecnológicas, como a introdução da eletricidade durante a Revolução Industrial, relaciona como as fábricas apenas substituíram motores a vapor por motores elétricos para realizar as mesmas tarefas, porém somente anos depois, com a criação das linhas de produção, houve uma verdadeira disrupção nos níveis de produtividade, da mesma forma hoje, a utilização da IA para resolver problemas antigos com uma mentalidade do passado.
O grande desafio, segundo Guilherme, é aproveitar o potencial da IA para desenvolver novos modelos de negócios e soluções inovadoras, como Data Products, ou seja, empresas precisam integrar a IA em seu núcleo de operações para realmente colher os benefícios dessa nova era tecnológica.
Além disso, existe a necessidade de uma educação que vá além do ensino tradicional, que muitas vezes é “infantilizado” e desconectado da realidade, sendo assim, a FIAP tem adotado uma abordagem de educação empreendedora, onde os alunos enfrentam desafios reais desde o primeiro dia de aula como, por exemplo, a parceria com o Ministério Público de São Paulo, a FIAP trouxe o Procurador-Geral para uma aula inaugural em um curso de programação. Essa abordagem visa não apenas ensinar o aluno, mas prepará-lo para o mundo real, onde ele encontrará problemas complexos e situações de alto atrito, sendo orientado para a solução de problemas, ajudando a formar profissionais mais capacitados e adaptáveis.
Portanto, a educação, assim como a inovação, é um processo contínuo. As instituições precisam estar em constante transformação para atender às necessidades de um mercado que muda rapidamente, logo, a preparação para essa transformação é o fator crítico de sucesso para qualquer instituição e as organizações que estiverem mais prontas para se adaptar serão aquelas que prosperarão no futuro.
A união entre FIAP e Alura demonstra como a inovação no setor educacional é possível e necessária, além disso, o uso de tecnologias como a IA, tornam a abordagem mais prática e empreendedora, fazendo a educação ser a chave para alavancar a inovação e preparar profissionais para os desafios de amanhã.
